top of page

Copa Libertadores da América: Objeto de Desejo do Futebol Sul Americano

  • Foto do escritor: Torcedor Cultural
    Torcedor Cultural
  • 26 de nov. de 2019
  • 3 min de leitura

Quando o Peñarol (Uruguai) e o Jorge Wilstermann (Bolívia) pisaram no gramado do lendário Estádio Centenário, em Montevidéu, para a primeira partida da Copa Libertadores da América, tinha início uma história repleta de lutas, títulos, craques, talento, guerra, sangue, suor e garra do futebol sul-americano.


Por Vilmar Vale


O Sonho


A vontade de organizar uma competição sul-americana de clubes vem desde a década de 30. Em 1948 o chileno Robinson Álvares, presidente do Colo Colo, materializa esse desejo e promove a Copa dos Campeões da América que consagra o Vasco da Gama como seu primeiro campeão. Essa iniciativa só ganharia corpo a partir de 1958 após Brasil, Argentina e Uruguai apoiaram a ideia original do Chile. Em 2 de agosto de 1959 a CSF, por 8 votos a favor e 1 contra, cria a Copa dos Campeões da América. A partir de 1965, houve a mudança do nome para Copa Libertadores da América em homenagem aos diversos libertadores de países da América do Sul como; Simon Bolívar, José de San Martin, Antônio José de Sucre, Dom Pedro I, José Artigas e Bernardo O’Higgins.


O Primeiro Jogo


ree
Foto: Acervo

A história dessa saga de heróis e jogos memoráveis começa no dia 19 de abril de 1960, no Estádio Centenário, com o jogo entre Peñarol e Jorge Wilstermann, vencido pelo clube uruguaio pelo placar de 7x1. Entraram em campo e na história, Maidana, Martínez, Salvador, Piño e Nestor Gonçalves; Aguerre, Cubilla e Linazza: Griecco, Spencer e Borges pelo Peñarol e Rico, Claure, Villarroel, Trujillo e Rocabodo; Zabalaga, Sanches e M. Alcócer; A.Garcia, R. Lopes e Cortez pelo Jorge Wilstermann. Marcaram Spencer (4), Borges (2) e Cubilla para o Peñarol e M. Alcócer para a equipe boliviana. Carlos Robles apitou a partida.


A Primeira Conquista


Na fase semifinal o Peñarol enfrentou o San Lorenzo (Argentina) por três vezes. Empatou em Montevidéu por 1x1 e por 0x0 em Buenos Aires. Na terceira partida, também em Montevidéu, venceu por 1x0, gol de Spencer, classificando-se para a final contra o Olímpia do Paraguai. Foram dois jogos, e o Peñarol venceu o primeiro, no Centenário, por 1x0, gol de Spencer e conquistou a 1ª. Copa Libertadores da América ao empatar a segunda partida por 1x1, em Assunção, com seu gol sendo marcado por Cubilla. Dessa forma habilitou-se para representar a América do Sul na disputa da Copa Intercontinental de 1960, enfrentando o Real Madri, campeão da Liga dos Campeões da UEFA 1959/ 60. Nessa disputa, realizada em dois jogos (ida e volta), o Penãrol empatou em 0x0 no Centenário e perdeu por 5x1 no jogo da volta, adiando sua primeira conquista mundial. Bicampeão da Copa Libertadores da América, ela viria em 1961 após três jogos contra o Benfica (Portugal), campeão europeu, com uma derrota em Lisboa (1x0) e duas vitórias em Montevidéu (5x0 e 2x1). O atacante equatoriano Alberto Spencer é o maior artilheiro da Copa Libertadores da América com 54 gols marcados, sendo 48 pelo Peñarol e 6 pelo Barcelona do Equador. O maior artilheiro em uma edição é o argentino Daniel Onega (River Plate) com 17 gols,em 1966.


Hegemonia Argentina


ree
Foto: Acervo

Em 60 títulos disputados os clubes argentinos lideram com 21 edições conquistadas, sendo o Independiente, com 7 títulos, o maior vencedor. Em seguida veem o Boca Juniors, com 6, e o River Plate com 4. Os clubes brasileiros já venceram 19 vezes, com 3 conquistas, cada, do Santos, São Paulo e Grêmio e duas do Flamengo . De todos os países representados na competição apenas clubes da Bolívia, Venezuela e Peru ainda não venceram uma Copa Libertadores. Com a sua final tradicionalmente disputada em dois jogos, a Copa Libertadores foi a partir de 2019, decidida em apenas uma partida


Essa competição recuperou seu charme, qualidade e prestígio e sua conquista tornou-se, hoje, objeto do desejo de todos os grandes clubes da América do Sul.

Comments


bottom of page