Novo Escritório de Governança do Legado Olímpico vai administrar arenas no Rio de Janeiro
- fabiotubino0
- 10 de dez. de 2019
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Finalmente o Governo Federal assinou decreto que determina a criação do Escritório de Governança do Legado Olímpico, que terá a função de gerenciar as instalações que ficaram como resultado dos investimentos federais para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016
Por Fábio Tubino
De acordo com o Ministério da Cidadania, a determinação visa suprir as incumbências da Autoridade de Governança do Legado Olímpico que teve as atividades encerradas. O Escritório gerenciará as estruturas das Arenas Cariocas 1 e 2, do Centro Olímpico de Tênis e do Velódromo, todos no Parque Olímpico da Barra. O Parque Olímpico de Deodoro segue sob o comando federal, mantido o acordo entre entre o Ministério da Cidadania e o Exército Brasileiro.
O que vai fazer o Escritório de Governança do Legado Olímpico
A proposta do Escritório de Governança do Legado Olímpico principalmente vai ser a administração das instalações, viabilizando e mantendo com atividades. Outra determinação fica por conta do planejamento estratégico, financeiro e orçamentário relativo à utilização dos bens e das instalações do legado olímpico, estabelecendo parcerias com a iniciativa privada para a execução de empreendimentos de infraestrutura destinados à melhoria, à exploração comercial das instalações.
Atletas de 12 modalidades treinam na Arena Carioca
A Arena Carioca 1 é uma estrutura permanente no Parque Olímpico da Barra que sediou os eventos do Basquete l nos Jogos Olímpicos 2016, do Basquete l em Cadeira de Rodas e Rugby em Cadeira de Rodas nos Jogos Paralímpicos. Faz parte do Centro de Treinamento Olímpico que é considerado o maior legado para o país após a realização dos jogos, sendo o local onde são treinados atletas em 12 modalidades diferentes. Sua capacidade é de 16 mil espectadores, destes apenas 5000 permanentes. O complexo de três arenas (Carioca 1, Carioca 2 e Carioca 3), tiveram custo final estimado em R$ 1,678 bilhão.
Arena do Tênis recebe dez mil pessoas

O Centro Olímpico de Tênis Maria Esther Bueno é um conjunto de instalações voltadas à prática de Tênis e Vôlei de Praia. Foi construído para acolher as partidas de Tênis dos Jogos 2016 e de Tênis em Cadeira de Rodas e Futebol de 5 dos Jogos Paralímpicos. Após os os Eventos Olímpicos foi capacitado para abrigar também o Vôlei de Praia, sediando uma etapa do Circuito Mundial da FIVB. A principal instalação do complexo é o Estádio Maria Esther Bueno, com capacidade para 10.000 espectadores. Pertencem ao local, também 8 quadras auxiliares, sendo uma delas preparada para receber arquibancadas temporárias com capacidade para 3.000 espectadores, e as demais com arquibancadas permanentes para 250 espectadores cada uma. A quadra central foi nomeada em homenagem a Maria Esther Bueno, ex-tenista brasileira que se tornou a primeira mulher a vencer os quatro Grand Slam em um ano. Vale ressaltar que o Centro de Tênis, sempre foi um dos mais bonitos do Parque Olímpico.
O Polêmico Velódromo

O Velódromo foi construído ao custo de R$10 milhões para abrigar as disputas de Ciclismo de pista e Patinação de Velocidade durante os Jogos Pan-americanos de 2007, sendo considerada a mais moderna do Brasil e com o único equivalente na América do Sul na Colômbia. Um novo velódromo foi construído no mesmo local para os Jogos Olímpicos de 2016 devido a inadequações do original. Foi o primeiro do Brasil com pista de madeira, construída na Holanda pela mesma empresa responsável pelo Velódromo construído em Atenas para os Jogos 2004. A pista é de pinho siberiano e tem comprimento médio de 250 metros. Inicialmente, o velódromo seria provisório, mas a Prefeitura mudou os planos já em 2007. Apesar de ser planejado como um dos locais de competição para a Olimpíada de 2016, em 2013, descobriu-se que o velódromo não se adequava às exigências da União Ciclística Internacional. O Velódromo construído para os Jogos 2016 teve valor de 147 milhões de reais. Em janeiro de 2016, era a obra com atraso mais crítico, com direito a notificações judiciais da Prefeitura contra a empreiteira Tecnosolo. A demora foi causada por um atraso na instalação de estruturas de apoio para a construção da pista. Com a conclusão da instalação de montagem, iniciou-se o processo de seis semanas para a construção da pista. Com 20% ainda restantes, a empreiteira Tecnosolo abandonou a obra declarando não ter mais condições, e sublocou a conclusão do Velódromo para a Engetécnica. Eventualmente a Empresa Olímpica Municipal optou por romper contrato com a Tecnosolo, que passava por uma recuperação judicial, e multou a companhia pelos constantes atrasos Um contrato emergencial de R$55 milhões foi assinado com a Engetécnica, enquanto a Tecnosolo se defendeu alegando que o plano inicial da obra tinha erros nos projetos básico e executivo.
Depois dos Eventos, os incêndios
Depois dos Eventos, o Velódromo enfrentou uma série de incidentes, dois incêndios, ocasionados por quedas de dois balões que caíram no mesmo lugar, em 2017, e danificaram bastante a cobertura do local. Como se não bastasse, em novembro de 2018 o teto foi novamente afetado, desta vez por uma forte chuva. A Autoridade de Governança do Legado Olímpico decidiu acelerar as obras de infraestrutura para a recuperação definitiva do telhado com orçamento próprio, investindo R$ 1,7 mil para reformar todas as áreas danificadas pelas quedas de balões e pela chuva. Vale ressaltar que o Velódromo já recebeu diversos eventos esportivos que não têm nada a ver com Ciclismo, como campeonatos importantes de Judô e Ju-Jitsu, mas o importante que voltou a ser utilizado.
Se espera com o Governo administrando, que estes legados esportivos importantes continuem tendo atividade e principalmente sejam mantidos com estrutura e segurança constante.
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