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Os enredos das escolas de Samba do Grupo Especial para 2020

  • fabiotubino0
  • 19 de nov. de 2019
  • 4 min de leitura

A Mangueira promete novamente surpreender, enquanto Paulo Barros, de volta a Tijuca destaca o Urbanismo.


Por Fábio Tubino


Depois de muita polêmica com a desvirada de mesa, as Escolas do Rio de Janeiro preparam os enredos do maior Evento popular. Homenagens, questões sociais e temas ligados a criação de cidades estão entre os enredos. Desfiles acontecem dias 23 e 24 de fevereiro de 2020 na Passarela da Sapucaí.


Estácio de Sá


Campeã da Série A em 2019, a Estácio destaca o enredo “Pedra”, assinado pela vencedora carnavalesca Rosa Magalhães, que estreia na escola. A proposta que vai ser desenvolvida vai contar a beleza sólida do material que é a base do planeta Terra e dos caminhos trilhados por nossos ancestrais: da exploração das pedras preciosas das Minas Gerais, passando pelas pedras citadas na literatura, à lasca de pedra mais famosa do mundo coletada da lua pelos astronautas da Apollo 11.


Unidos do Viradouro


O enredo da escola “Viradouro de alma lavada”, desenvolvido pelos carnavalescos Tarcísio Zanon e Marcus Ferreira. A proposta destaca a história, cultura e tradição do grupo musical Ganhadeiras de Itapuã, que surgiu dos cantos, danças e crenças das lavadeiras do litoral baiano.


Estação Primeira de Mangueira

Foto: Divulgação

A campeã do desfile de 2019 vai apostar outra vez num enredo de reflexão. Com “A verdade vos fará livre”, o carnavalesco Leandro Vieira vai destacar a volta de Jesus Cristo à Terra se identificando com os moradores de favelas, que sofrem com todo tipo de preconceito, principalmente com a intolerância. Uma das novidades que a escola pretende mostrar na Avenida é uma Nossa Senhora das Dores negra, em sinal de protesto ao genocídio do Estado. A santa estilizada vai representar a dor de milhares de mães das periferias brasileiras, que viram seus filhos sendo vítimas da violência.




Paraíso do Tuiuti


O enredo "O Santo e o rei: encantarias de Sebastião” desenvolvido pelo carnavalesco João Vitor Araújo vai promover um encontro entre São Sebastião, padroeiro do Rio de Janeiro e o rei Sebastião I, de Portugal - o jovem monarca que deixou a vida em batalha no Norte da África e que deu origem a lendas no Maranhão. A Tuiuti vai manter seu espírito crítico no enredo que fará relação com a situação atual do país.


Acadêmicos do Grande Rio


Gabriel Haddad e Leonardo Bora vão estrear no Grupo Especial, assinando “Tata Londirá: o canto do caboclo no quilombo de Caxias”. O enredo destaca a história do baiano Joãozinho da Gomeia, babalorixá do Candomblé, que se estabeleceu em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ganhou fama no país e recebeu em seu terreiro artistas, embaixadores e políticos, como Getúlio Vargas.


União da Ilha do Governador


A dupla Fran Sérgio e Cahê Rodrigues, apoiados pelo atual diretor de carnaval Laíla,desenvolvem o enredo “Nas encruzilhadas da vida, entre becos, ruas e vielas, a sorte está lançada: Salve-se quem puder!”. A escola deixou de apresentar a sinopse...


Portela

O enredo assinado pelos vencedores Renato Lage e Márcia Lage, “Guajupiá, terra sem males”,vai abordar a história dos índios que viviam no Rio de Janeiro bem antes da chegada dos colonizadores portugueses, lembrando os hábitos, a cultura, a tradição, religião, a política e a vida social dos Tupinambás.


São Clemente


Destacando sempre desfiles irreverentes, a escola de Botafogo apresenta,“O conto do vigário”, assinado pelo carnavalesco Jorge Silveira. A escola vai apresentar as histórias de malandragem e falcatruas, iniciando com a cobiça pelo ouro das Minas Gerais. Como ponto de partida: a imagem de uma santa, um burro e um vigário e a disputa pela imagem por duas paróquias.


Unidos de Vila Isabel


A tradicional escola de Vila Isabel, destaca o enredo “Gigante pela própria natureza: Jaçanã e um índio chamado Brasil”, com assinatura do carnavalesco Edson Pereira . O destaque vai ser a história de Brasília, a capital do Brasil. O enredo tem abordagem na mitologia, com a criação da cidade sendo transformada numa lenda indígena. No enredo, Brasília nasce para levar esperança aos povos que habitam as vastas terras onde também vive o indiozinho Brasil.


Acadêmicos do Salgueiro


O carnavalesco Alex de Souza apresenta o enredo “O rei negro do picadeiro", contando a vida e obra de Benjamin de Oliveira, o primeiro palhaço negro do Brasil. Caso estivesse vivo, o artista que foi ator, diretor, autor, produtor, dançarino, compositor e cantor, completaria 150 anos de idade em 2020.


Unidos da Tijuca

Foto: Divulgação

A escola traz de volta o impactante carnavalesco Paulo Barros, que desenvolveu o enredo "Onde moram os sonhos", que tem como tema arquitetura e urbanismo. A escola vai falar das belezas naturais e as produzidas pela mão do homem na Cidade Maravilhosa. Barros aproveita o tema motivado pelo fato do Rio de Janeiro ser, pela primeira vez, a sede do Congresso Mundial de Arquitetos, em 2020.



Mocidade Independente de Padre Miguel


A escola da Zona Oeste vai homenagear a cantora Elza Soares, uma de suas torcedoras mais ilustres com o enredo “Elza deusa Soares”, do carnavalesco Jack Vasconcelos. A abordagem apresenta a história e trajetória da artista desde que ela surgiu no cenário musical no Show de Calouros do apresentador e compositor Ary Barroso, nos anos 1950.


Beija-Flor de Nilópolis


Os carnavalescos Alexandre Louzada e Cid Carvalho desenvolvem o enredo “Se essa rua fosse minha”, que destaca os caminhos mágico trilhados pelo mundo. como as rotas, trajetórias, caminhos e estradas por onde a humanidade passou até a rua mais importante do carnaval carioca: a Marquês de Sapucaí, Passarela de Samba, sonho e encantamento. A Beija -Flor deseja reconquistar o título.

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