Girassol é símbolo da campanha contra depressão

Por Fábio Tubino

Em alusão ao comportamento da flor na natureza, o girassol foi escolhido como símbolo da campanha Na Direção da Vida - Depressão sem Tabu

Todas as manhãs o girassol parte em busca do sol, seguindo a luminosidade insistentemente, porque precisa dela para crescer e florescer. Mesmo quando o sol está escondido entre as nuvens, a flor gira persistente, apesar da dificuldade, em direção à luz. Em alusão a esse comportamento da natureza, o girassol foi escolhido como símbolo da campanha Na Direção da Vida – Depressão sem Tabu, Esta iniciativa teve objetivo de abrir o diálogo e alertar a sociedade a respeito do tema. A campanha foi conduzida em parceria com a Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata) e participação do Centro de Valorização à Vida (CVV), com ações digitais e em muitos lugares para combater os estigmas da depressão. O trabalho tem ainda o apoio de músicos, esportistas e influenciadores digitais que já passaram ou passam pelo problema, dividindo suas experiências.

Jogadores e Imprensa participam da campanha

Foto: Patryck Brum

No domingo 29/09/2019, no confronto Fluminense x Grêmio pela rodada 22 do Brasileiro de Futebol, os dois times e a im prensa participaram da campanha com a presença de 88 crianças acompanhando os jogadores na entrada ao campo do Maracanã, segurando um girasol . Depois do Hino Nacional Brasileiro, as flores foram entregues aos torcedores . Um vídeo com depoimentos foi exibido . Nas cabines, profissionais da Mídia levantaram os girassóis.

Homens se suicidam mais e são menos informados

Como em muitos temas ligados à saúde, preconceito e desinformação têm atrapalhado o manejo adequado da depressão e do suicídio. E, segundo uma pesquisa encomendada pela farmacêutica Pfizer, esses fatores são especialmente comuns entre homens e jovens. O levantamento “Depressão, suicídio e tabu no Brasil: um novo olhar sobre a saúde mental”, realizado pelo Ibope Conecta, contou com a participação de 2 mil brasileiros a partir dos 13 anos de idade. Os dados foram coletados na cidade de São Paulo e nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Fortaleza e Distrito Federal. O objetivo principal foi ajudar a detectar as principais dúvidas de informação e estigmas que persistem na população. Para ter ideia, 30% dos entrevistados do sexo masculino acreditam que a depressão está relacionada à falta de fé ou não sabem avaliar se isso é verdade, enquanto apenas 17% das mulheres pensam da mesma forma. Eles também apresentam desconhecimento sobre o tratamento, que é baseado em medicamentos e terapia. Mais da metade dos homens (55%) creem que atitude positiva e alegria de viver são suficientes para enfrentar ou não sabem opinar sobre essa afirmação. A ausência de informação se reflete nos números de óbitos. Dados do Ministério da Saúde mostram que a taxa de mortalidade por suicídio é de 2,4 mulheres a cada 100 mil, enquanto, para os homens, chega a 9,2 para cada 100 mil. Os homens tiram a vida, cerca de quatro vezes mais. Na pesquisa encomendada pela Pfizer, 29% dizem não estar convencidos de que isso é um mito. Quando questionados sobre o tratamento medicamentoso, pelo menos um em cada cinco (21%) alega que não tomaria antidepressivos mesmo com prescrição médica. Entre as mulheres, o índice cai para 16%. A pesquisa preocupa porque, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), os transtornos mentais estão por trás de 96,8% dos casos de suicídio. E a depressão lidera o ranking.

Praticar esportes ou fazer atividade física sempre são recomendados. E não é por menos: a prática de esportes é importante no tratamento da depressão. Pode parecer estranho, afinal, nem sempre é fácil ter ânimo para sair de casa e fazer algum exercício, mas vale o esforço.

Exercício físico previne a depressão

O benefício está no fato do exercício físico fazer o cérebro liberar neurotransmissores, que ajudam a pessoa a se sentir melhor. As endorfinas são os neurotransmissores mais famosos e importantes ligados ao exercício, pois dão sensação de bem-estar e até diminuem a dor. Além da endorfina, o cérebro também é estimulado a produzir serotonina e dopamina, dois outros neurotransmissores cujas quantidades no cérebro podem ajudar a aliviar os sintomas da depressão. O Esporte profissional participa de maneira positiva nesta campanha, utilizando atletas e personalidades que fazem da vida superações todos os dias.