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Africa do Sul conquista a maior Copa do Mundo de Rugby da História

  • fabiotubino0
  • 5 de nov. de 2019
  • 3 min de leitura

A África do Sul conquistou pela terceira vez a Copa do Mundo de Rugby, um Evento histórico realizado no Japão


Por Fábio Tubino



Foto: Divulgação

O Japão realizou uma das maiores Copas do Mundo de Rugby,registrando impressionante apoio do público lotando os estádios e quebrando recordes de audiência nas transmissões dos jogos da seleção japonesa . Ainda no início da competição, quase 98% dos ingressos já haviam sido vendidos,comprovando o grande envolvimento popular da modalidade. Todos esses motivos explicaram o motivo da escolha do Mundial, o primeiro realizada na Ásia.


A Final entre duas potências


A África do Sul derrotou a Inglaterra por 32 a 12 na final. A diferença de 20 pontos foi a maior em uma decisão desde 1990, quando a Austrália passou pela França por 35 a 12. A conquista também colocou os sul-africanos como maiores vencedores da competição, ao lado da Nova Zelândia, com três títulos. Depois do apito final, mais um momento histórico. Primeiro capitão negro da história dos Springbooks, Siya Kolisi ficou responsável por levantar o troféu.


Programa de Incentivo beneficia crianças japonesas


Um dos motivos que explicam tanto envolvimento desta Copa do Mundo, foi a criação de um projeto especial de incentivo ao Esporte realizado com as crianças japonesas. O país promoveu um Programa de Educação, distribuindo 55 mil ingressos para mais de 500 escolas do país. Esses ingressos foram comprados pelos governos locais como uma maneira de garantir o envolvimento da população na competição.


Momentos marcantes do Evento


  • Logo nos primeiros jogos, o cenário e o clima da torcida já se mostravam bem diferentes das Copas anteriores. Uma cena inusitada começou a aparecer em alguns jogos. Os jogadores começaram a se curvar,para cumprimentar e saudar a torcida japonesa.

  • Nessa edição, o povo japonês enfrentou mais um desastre climático sem precedentes, com mais de 80 vitimas . No dia 12 de outubro, o tufão Hagibis passou pelo leste e centro do país, deixando um rastro de destruição. Por causa disso, três partidas da última rodada da fase de grupos foram canceladas: Nova Zelândia x Itália, Inglaterra x França e Namíbia x Canadá. O confronto dos donos da casa no dia 13 de outubro, um dia depois do início do tufão, contra a Escócia, foi confirmado e teve um minuto de silêncio emocionante em homenagem às vítimas do desastre.

  • A audiência na NTV (emissora japonesa oficial da competição) da vitória do Japão diante da Escócia, que garantiu os donos da casa pela primeira vez nas quartas de final, registrou a maior audiência da história do Rugby em um país e chegou a ser maior até do que a audiência da final da Copa do Mundo de Ffutebol 2002 na emissora NHK, que transmitiu a decisão na época.

  • A grande potência da modalidade, a Nova Zelândia, atual bicampeã do torneio (2011, 2015) e que também foi campeã na primeira edição em 1987, acabou sendo eliminada na semifinal pela Inglaterra, uma seleção reformulada e que voltou a ser competitiva.

  • A participação do Japão na competição surpreendeu. Em uma campanha histórica, com 100% de aproveitamento na primeira fase, equipe japonesa , vencenu inclusive as seleções da Irlanda e Escócia, conseguindo uma vaga inédita nas quartas de final. O Japão foi o primeiro time que não faz parte da elite do Rugby a garantir uma vaga nessa fase. Nas quartas, os Brave Blossoms foram eliminados pela África do Sul, que ficou com o título.

  • Outro destaque ficou por conta da vitória da seleção do Uruguai diante Fiji em sua estreia nessa edição do torneio, resultado que foi considerado o mais relevante da história do país na modalidade. Foram necessário 16 anos para os sul-americanos voltarem a vencer uma partida em Copa do Mundo, a última havia sido contra a Geórgia em 2003.

Mais do que um Esporte, o Rugby na África do Sul foi utilizado por Mandela, em 1995, como uma forma de unir um país, ainda partido pelo racismo institucional do Apartheid que deixou marcas profundas na sociedade sul-africana e que havia acabado oficialmente apenas no ano anterior, com sua eleição . A representatividade do título de 2019, é tamanha.

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